Quem não gosta de falar, analisar, sentir e discutir sobre relacionamento, seja ele de amor, de casal, de triângulos, de sexos opostos, semelhante ou iguais, de amantes, de famíla, de trabalho, de comunidade, enfim, seja ele do que for, levante a mão. Todo mundo adora dar palpite no relacionamento alheio, mesmo que o próprio seja um desastre, há alqueles que vão de receita pronta, e alguns chegam a chorar quando, no meio da conversa, relembra o namorico da oitava série, por último resta os que se divertem. A idéia aqui é fazer e falar de tudo isso, sem pudor ou enganação.
Enjoy it!!!!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O Antes, Durante e Depois


O melhor dos casamentos são os preparativos para o grande dia, para o tão sonhado sim, para as juras, mesmo que seja um casamento sem festa e nem testemunhas, mesmo que seja algo simples de pegar suas bugigangas e juntar com as do outro, mesmo assim, os preparativos são emocionantes.

Quando há alguma comemoração então, todo o ritual se completa: o antes, o durante e o depois ganham proporções de gente grande e os comentários começam meses antes.

A mulherada se atiça toda para saber dos vestidos das outras, do tipo de penteado e se preocupam com aquelas primas rivais que depois de 20 anos irá te medir de cima em baixo. Os homens, mais práticos, se preocupam apenas com as bebidas.

O dia do casório é marcado por aquele mundareu de gente reunida na casa da matriarca da família num êxtase de fazer inveja à Timothy Leary. É cabelo e maquiagem, truques na lingerie para deixar tudo no lugar, jóias e saltos, tudo para aparecer poderosa.

Na igreja começam a aparecer as ditas primas e vc tanto pode se sentir um luxo quanto pode se sentir um trapo. A festa corre solta, todos captam os detalhes e anotam no caderninho da memória para não se esquecer no dia seguinte.

Contuso, a melhor parte é o depois, quando todos se reunem para comentar os deslizes, as gafes, as fofocas que foram ditas, as vestimentas alheias e tudo mais o que se tem direito. Os noivos? Meros coadjuvantes em uma noite onde o tempo passado, o presente e o futuro dominam.

E viva os noivos!!!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Variações de um mesmo tema...uhuhhhhh


Ouvi: "...gay para mim tudo bem, o que não suporto são os machistas e as feministas..."

Realmente aguentar pregações sobre o mundo dos machos e histórias que lembram as mulheres queimando sutiãs em praça pública, é, no mínimo, bizarro. Vamos falar a verdade, não é que o mundo está virado, como se ouve por ai, o mundo é instinto e sendo assim, não há como ficar no armário tanto tempo. Dia desses o gato, macho, bem macho, da minha amiga, morreu de AIDS, passou no Animal Planet o Rei da Selva, salve salve, trepando com um companheiro de partido. Ai vem um machista e diz: ahhhh, mas isso ai só acontece com os leões da savana, por que aqui no sul é diferente.

Minha gente, dar e receber amor com qualidade é o que importa, mesmo por que tornou-se artigo de luxo. Li uma repostagem na Marie Claire deste mês de um cara hétero contando que transou com outro cara e gostou, continua hétero e daí? É como se experimentasse um baseado, gostasse, mas continuasse careta.

A mulherada fica mais na miúda! Difícil sair do armário pq na maioria das vezes escolhe a bissexualidade, a mulherada é mais esperta ;)
Enfim, depois de ouvir o que ouvi, explanei um pouco sobre o meu conceito das variações do mesmo tema na área gay. Acredito que haja pelo menos cinco versões.

1. O Homossexual - aquele sujeito discreto, fino, de bom gosto e que transita por lugares bacanas e conversa com pessoas interessantes. Vc sempre fica na dúvida se é ou não é; 2. O Gay - uma versão mais atualizada do homessexual, menos discreto, mais ousado e bem moderno; 3. O Bicha - abana!!! totalmente desbocado, A-D-O-R-A causar frisson, chegar chegando, fala alto, seu vocabulário é engraçadíssimo. É como se fosse o divulgador do mundo gay; 4. O Travesti - nasceu para ser mulher, pensa como mulher, sente como mulher, do tipo: este corpo não me pertence. Também é muito difícil de se misturar; 5. A Drag Queen - como o lobisomem, de dia é uma coisa e a noite é outra. Quase que uma farra de carnaval é uma mistura de gay com Carmem Miranda, geralmente uns amores. Digamos que seja a veia artística do mundo gay.

Com todo este estilo é difícil não se encantar. Brincadeiras a parte, mesmo por que sou gay de coração, aqui vai Kundera.

"Suspender o julgamento moral não é a imoralidade do romance, é a sua moral. A moral que se opõe à irremovível prática humana de julgar imediatamente, sem parar, a todos, de julgar antecipadamente e sem compreeender. Esta fervorosa disponibilidade para julgar é, do ponto de vista da sabedoria do romance, a asneira mais detestável, o mal mais pernicioso (...). A criação do campo imaginário em que o julgamento moral fica suspenso foi uma proeza de imenso valor: somente aí podem desabrochar os personagens romanescos, ou seja, os indivíduos concebidos não em função de uma verdade preexistente, como exemplos do bem e do mal, ou como representações de leis objetivas que se confrontam, mas como seres autônomos fundamentados em sua própria moral, em suas próprias leis".

Gostou? então comente!